Existem basicamente duas formas de superar a lembrança de alguém. Uma é pelo método da extração, a outra pelo método da incorporação. Na extração, naturalmente, você tenta retirar os resquícios da pessoa. Um livro pela casa, um filme que viram, um lugar. É muito útil quando o lugar é sua própria casa porque casas e bairros, você perceberá no processo, são extremamente descartáveis. Pode ser exaustivo no caso de histórias mais longas e antieconômico se aplicado a sucessões de histórias curtas, portanto eu sugeriria que você se mantivesse nas médias. O importante aqui é que a técnica é reconhecida e funciona perfeitamente bem.
O método da incorporação é mais curioso e, num primeiro momento, talvez soe pouco intuitivo. Uma vez tendo falhado em ser o que a outra pessoa queria, o neurótico pode se concentrar em ser a outra pessoa. Despudoradamente, você passa a fagocitar tudo que te interesse no outro de modo que aquilo passe a ser você e, ao ser você, deixe de te interessar. Não é exatamente esquecer, é banalizar. Essa é uma técnica menos reconhecida pela comunidade científica, mas que também funciona perfeitamente bem.
Eu estava precisando disso. Exatamente disso. Obrigada.
Curiosamente o menor texto teu que já li e também o primeiro leio desde 2009 sem entender absolutamente nada, nem relendo nem evocando lembranças pessoais. Espero que consigamos esclarecer in loco dia desses
Curiosamente o menor texto teu que já li e também o primeiro que leio desde 2009 sem entender absolutamente nada, nem relendo nem evocando lembranças pessoais. Espero que consigamos esclarecer in loco dia desses
Já fiz os dois métodos. Não deram certo. Procuro um terceiro.
Me fez recordar uma música da banda mexicana Hello Seahorse, “Me he convertido en ti” https://www.youtube.com/watch?v=GWQd-xzfXL4